Acordou confusa. Sentia seu corpo pesado, como se tivesse passado a noite caminhando. Pernas doloridas, joelhos duros, bracos moles. O corpo se ressentia de algo, mas o quê, exatamente?
A muito custo, levantou-se, foi ao banheiro. Ainda nao tinha bem acordado, nem seu corpo parecia estar muito disposto a mover-se.
Bom, vamos devagar, entao. Escova os dentes, pára, se penteia, pausa, um longo banho, vestir-se, nova pausa. Mas esse ritmo aos poucos - tudo lento hoje, por favor - se mostrou uma má idéia: sobra muito tempo para pensar. Isso realmente nao é bom. Seria se resultasse em alguma acao. Ultimamente, pensa muito: no trabalho, no passado, no futuro, em uma infinidade de se's. Melhor diminuir as pausas.
Conclui que esse peso que sente é relacionado a isso. O peso dos seus pensamentos, refletido em seu corpo. O peso de suas intermináveis inquietacoes, de todas as suas perguntas e hipóteses.
Mas e se?...

mais um comeco

Era uma vez uma guria do sul do Brasil, que procurava uma forma de ordenar tudo o que passava em sua mente, desde coisas corriqueiras até complexas histórias, passando por coisas que aprendia nas aulas do curso de engenharia.

Claro que nao era uma tarefa fácil para ela. Talvez fosse bom encontrar alguma válvula de escape, alguma forma de dar vazao a uma parte destas coisas e organizar outro tanto.
Mas já fez algumas tentativas. Nada de muito êxito, exceto escrever... e assim resolveu comecar um blog. Todo mundo tem blog, por que nao teria um? Mas sentiu muita dificuldade. Talvez ainda nao estivesse preparada, isso significava expor-se e isso nunca foi seu forte. Nao que alguém fosse ler o blog. Mas e... e se alguém o lesse?

E sobre esta assustadora perspectiva, nasceram e morreram pelo menos 3 blogs.
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E sobre esta mesma perspectiva, nasceu este, sem pretencao alguma, construído palavra a palavra, frase a frase.

Alguém lerá? Nao sei. Nao é o objetivo inicial. Se alguém ler e gostar, fico feliz.

Bom, lá vou eu!!

Ah, claro... meu teclado nao tem cedilha nem til...